25.1.10

Fim

Este blogue termina aqui. Hoje. Já agonizava e há uns tempos que os textos surgiam cada vez mais escassos. Como por vezes nos fartamos de uma casa, este blogue tornou-se um sítio onde não me apetecia estar. Mudo-me então para outro sítio. Não sei se será muito diferente, sendo que continua a ser meu, mas é onde me apetece estar.
Muito obrigado a quem foi perdendo o seu tempo a ver o que por aqui se fazia. Fica desde já convidado a aparecer na minha nova casa:

9.12.09

De volta a casa

No regresso a casa tudo parece igual, um país cinzento e triste como este dia outonal. Do sol nem vislumbre, escondido por densas nuvens brancas que retiram toda a possibilidade de luz. Tal qual o deixei há umas três semanas. O meu lado conservador até aprecia esta constância, o meu lado pessimista quase se regozija por ter razão, o meu optimismo anda cada vez mais tímido. Esta condição portuguesa obriga a uma certa habituação e conformismo, quanto mais não seja pela preguiça de tomar uma qualquer atitude mais drástica. Sair deste local mal frequentado sempre areja ideias e abre novas perspectivas, mas é importante não cair na tentação de, na volta, olhar o país com "novos" olhos. Pelo menos se nos queremos poupar a uma imensa depressão.

2.12.09

Postais de Viagem

Os Andes esmagam na imensidao e diversidade, na maneira simples como tornam o Homem pequenino e insignificante. Ao seguir por estradas desertas de carros e cheias de uma beleza rude, em que a janela se torna a tela de um excelente documentário, deixamos, como Jacinto, que o apelo forte da natureza nos faça esquecer a sociedade do conhecimento e da Civilizaçao.

29.11.09

Postais de Viagem

O apelo da vastidao nao é fácil de explicar, mas por qualquer motivo ele tem em mim muita força, o que me leva a estar em San Pedro de Atacama, no meio do nada, entre algures e nenhures. Gosto desta beleza dura e infinita, em que me sinto mais perto de algo indefinível a que alguns talvez chamem paz. A longura convida a limpar a alma de ruídos acessórios do dia-a-dia, deixando o cérebro como que num banho termal tépido e relaxante. Nem o mal das alturas, capaz de devastar a cabeça com dores bem desagradáveis, consegue fazer esquecer o poder da natureza e de vulcoes, géiseres, vales rasgados em sal ou rocha, de uma paisagem pouco terrena com que o criador brindou Atacama.
P.S. Onde se escondeu o til deste teclado.

Postais de Viagem

A surpresa é, quase sempre, boa numa viagem, foi por isso muito agradável chegar a uma cidade sul-americana em que os condutores param suavemente nas passadeiras sem que tenhamos de nos atirar, qual suicidas, na tentativa de colher alguma boa vontade e atravessar uma rua. Santiago nao tem muitos pontos de interesse para visitar, mas trata-se de uma cidade tao civilizada que é um imenso gosto percorrer as ruas e terminar o dia numa esplanada no Barrio de Bellas Artes bebendo um Pisco Sour.
P.S. Texto com problemas de acentos graças a este diabólico teclado.

24.11.09

Postais de viagem

As nuvens apareceram ao fim do dia, como que facilitando as despedidas. Simpáticas, abraçavam os "dois irmãos" que espreitavam tímidos e a espaços. O Rio não tem mais encanto na hora da despedida, ele permanece perene em quem já deambulou por esta terra encantada. Poucos sítios justificam. como este, ser admirados por uma representação de Cristo, por certo orgulhoso com a a sua obra. A beleza desta cidade ultrapassa pormenores de arquitectura de gosto duvidoso ou de favelas pobres e anárquicas. Está na natureza, nos morros, no recortado da costa, no mar, em qualquer coisa estranha a que não serão estranhos os cariocas, invenção de alegria e boa vida contagiante.

21.11.09

Postais de viagem

Calor e falta de planos. Aproveitar a onda carioca e deixar as horas correr entre choppes e mergulhos. O caminho irá seguir ainda sem destino definido, numa liberdade que em momentos questiono. O melhor é deixar o sol continuar a brilhar despreocupadamente.